Homens tiveram que perder espinhos no pênis para evoluir
Perda
de sequências de DNA permite que homens tenham cérebros maiores e pênis sem
espinhos.
Um
grupo de 13 cientistas da Universidade de Medicina de Stanford, liderado pelo
Dr. David Kingsley, identificou parte desaparecida do
genoma humano, e isso
ajudou a explicar algumas diferenças entre homens e outros mamíferos.
A
pesquisa publicada na revista Nature analisou o material genético do homem e de
outros animais pertencentes à mesma classe. Foram encontrados 510 segmentos de
genes que não estão presentes no homem; estes fragmentos de DNA perdidos, em sua
maioria genes reguladores, controlavam a expressão de genes próximos
relacionados com hormônios e com as funções cerebrais. A perda desses genes
livrou o homem dos espinhos no pênis, dos pelos sensoriais (conhecidos como
bigodes, presente em cães e gatos) e permitiu um maior desenvolvimento do
cérebro.
Os
espinhos penianos, feitos de queratina, aumentam a sensibilidade táctil do
pênis, tornam o coito mais rápido e estão presentes em espécies cujo macho tem
várias parceiras. Servem para remover o sêmen de um macho rival ou machucar a
fêmea, para que esta não mantenha relações sexuais com outros. A supressão dessa
característica concedeu ao homem uma morfologia peniana “simplificada” e pode
ter contribuído com o surgimento de relações monogâmicas, além de prolongar a
duração do ato sexual que colaborou com a criação de vínculos entre o casal.
O
estudo revelou ainda outra região perdida no DNA humano. Esta seria responsável
por impedir o crescimento de neurônios em determinados locais do cérebro; não
podendo mais se expressar os cérebros humanos ganharam em massa.
Os
cientistas fizeram também comparações com o genoma do Neandertal; e descobriram
que a maioria desses genes já estava ausente, mostrando que essas perdas de
material genético ocorreram há mais de 500.000 mil anos. Além de compreender
suas diferenças anatômicas, fisiológicas e comportamentais, os cientistas querem
entender o que faz com que o homem seja mais suscetível a doenças como câncer,
HIV, malária, Parkinson e Alzheimer.
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