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Erros históricos na Bíblia - A confusão com o sepulcro vazio de Jesus Cristo

Erros históricos na Bíblia
- A confusão com o sepulcro vazio de Jesus Cristo


sepulcro vazio de Jesus Cristo


No artigo de hoje, depois de toda a confusão com o nascimento e a morte de Jesus Cristo, vamos analisar uma questão supostamente ocorrida depois da sua morte. Nada mais nada menos que a confusão com o sepulcro vazio de Jesus Cristo.

Uma história muito bonitinha…

A história sobre a descoberta do sepulcro vazio de Jesus Cristo é uma
das mais importantes do Novo Testamento por uma razão muito simples: porque é especialmente através dela que se tenta confirmar para os leitores a veracidade acerca da natureza messiânica de Jesus Cristo. Através dela tenta-se provar como as profecias sobre a vinda de um Messias estavam corretas e de como realmente estávamos perante o Messias e Salvador imortal que viria a salvar a Humanidade de todos os seus males e a redimi-la de todos os pecados perante Deus, tal como as profecias tinham indicado.
A mensagem central da história é toda muito bonitinha e conveniente: o pobre Messias é brutal e inocentemente torturado e assassinado, mas ao terceiro dia ressuscita, aparece aos seus discípulos e fornece a última prova de que realmente é o “Filho de Deus” que todos esperavam (completando as provas que deu em vida com os seus ensinamentos e milagres).
Tudo isto acontece quando a sua “trupe de amigos” visita o sepulcro onde supostamente o seu cadáver se encontra e espanta-se ao encontrá-lo vazio. Mas mais espantados ficam ainda quando o querido Messias lhes resolve aparecer em carne e osso, completamente ressuscitado e mostra que afinal está vivo, de boa saúde e a recomendar-se.

…mas muito mal contada!

Mas é agora que os problemas começam. A história em si é bonitinha e, se fosse verdadeira, provaria muito e dar-nos-ia grandes lições de vida. O problema é que, dos quatro Evangelhos canónicos com que a Bíblia nos presenteou, lemos quatro relatos bem diferentes do que realmente aconteceu. O que nos mostra a impossibilidade desta história ter ocorrido na realidade de todas as formas pelas quais é relatada, visto que não encontramos qualquer harmonia nesses relatos.
Vejamos então abaixo o relato desta história contada por cada um dos Evangelhos e os respetivos comentários:
  • Evangelho Segundo Mateus: Ao final do sábado, Maria Madalena e outra Maria vão visitar o sepulcro de Jesus. Ao chegarem lá, deparam-se com um anjo que tinha desviado a pedra de entrada e se sentado em cima do mesmo, informado-as que Jesus tinha ressuscitado e o seu corpo não estava mais ali e que deviam avisar os discípulos de Jesus acerca de tal acontecimento (Mateus 28:1-7). Enquanto corriam de volta para avisar os discípulos, Jesus surge-lhes a meio do caminho (Mateus 28:8-9).
  • Evangelho Segundo Marcos: No primeiro dia da semana, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé dirigem-se para o sepulcro de Jesus para ir ungir o corpo com aromas, questionando-se entre si como iriam remover a pedra que tapava o interior do sepulcro. Ao chegarem lá, notam que a pedra já tinha sido removida (Marcos 16:1-4). No seu interior encontram um moço vestido com um manto que as informa que Jesus tinha ressuscitado. Assustadas, fogem aterrorizadas e não informam ninguém acerca disso (Marcos 5:8). Mais tarde, Jesus aparece primeiro a Maria Madalena, que informa os discípulos acerca da sua ressurreição (Marcos 16:9-11).
  • Evangelho Segundo Lucas: No primeiro dia da semana durante a madrugada, Maria Madalena, Joana, Maria, mãe de Tiago, e outras mulheres dirigem-se ao sepulcro de Jesus levando especiarias e unguento. Ao chegarem lá, verificam que a pedra do sepulcro tinha sido removida e no seu interior não estava mais o corpo de Jesus (Lucas 24:1-3). Dois varões com vestes resplandecentes surgem-lhes e informam-nas de que Jesus tinha ressuscitado, pelo que elas regressam a anunciar a notícia aos onze discípulos de Jesus (Lucas 24:4-9).
  • Evangelho Segundo João: No primeiro dia da semana durante a madrugada, Maria Madalena vai visitar o sepulcro de Jesus. Ao chegar lá, depara-se com a pedra da entrada removida e corre a avisar alguns discípulos de Jesus que o corpo deste tinha sido roubado (João 20:1-2). Os discípulos correm para o sepulcro e verificam que era verdade que o corpo tinha desaparecido (João 20:3-9). Maria Madalena voltou também ao sepulcro junto com eles e depara-se com dois anjos no seu interior (João 20:11-13). Ao voltar-se para trás no interior do sepulcro, Maria Madalena é surpreendida por Jesus (João 20:14-16).
  • Afinal quantas mulheres foram visitar o sepulcro?

    Primeiramente, os diferentes relatos dos Evangelhos parecem não se entender quanto ao número de mulheres que foram visitar o sepulcro de Jesus. No relato de Mateus são mencionadas duas Marias (Maria Madalena e outra Maria não identificada), no de Marcos são mencionadas três (Maria Madalena, Maria mãe de Tiago e Salomé), no de Lucas temos três identificadas pelo nome (neste caso Joana em vez de Salomé) e ainda mais mulheres não identificadas e no de João apenas uma (Maria Madalena). Isto não significa que tenhamos propriamente uma contradição entre os relatos, pois pode ter sido apenas uma questão de falha ao registar as restantes mulheres ou falta de preocupação em simplesmente as identificar. Obviamente que não deixa de ser estranho, mais uma vez, o porquê da Bíblia que costuma ser tão detalhada noutras ocasiões se mostrar tão pouco clara neste relato em particular.

    Afinal a quem Jesus apareceu primeiro?

    No entanto, se na ida ao sepulcro não temos propriamente um problema em relação ao número de mulheres que lá foi inicialmente, temos um problema no seu caminho de regresso. Mateus informa-nos de forma clara que Jesus apareceu a ambas as Marias, enquanto que Marcos nos informa que Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena. Esta contradição só consegue ser explicada ao admitir que no momento em que Jesus apareceu tínhamos a Maria, mãe de Tiago, a pestanejar e a Salomé a tirar grãos de areia dos olhos devido à poeira que levantaram enquanto corriam no caminho para irem avisar os apóstolos e portanto só Maria Madalena mantinha os dois olhos abertos naquele segundo. Isto pode parecer ridículo, claro está, mas tendo em conta que já vimos os apologistas bíblicos apresentarem desculpas bem mais infantis, esta acaba por ser mais coerente comparada com as deles. Contudo, vamos ser sensatos e admitir o óbvio: temos uma contradição bíblica e um erro histórico nos relatos.

    Afinal quantos anjos estavam no sepulcro?

    Mas as maiores contradições nesta história nem sequer se encontram no “antes” e no “depois” das visitas ao sepulcro e sim no “durante”. No relato de Mateus as mulheres encontram a pedra removida e um anjo sentado em cima dela. No relato de Marcos, encontramos um moço em vez de um anjo e encontra-se dentro do sepulcro e não sentado em cima da pedra. No entanto, e para não complicar ainda mais a “pedra no sapato” para os apologistas bíblicos, vamos admitir que este moço é realmente um anjo também. Em Lucas encontramos não um moço mas dois varões (mas usemos a mesma lógica de interpretar como sendo anjos também). No relato de João, Maria Madalena (a única mulher indicada como visitante do sepulcro) encontra não um mas dois anjos no seu interior.

    Mas as confusões ainda não acabaram…

    No relato de João, Maria Madalena depara-se com a pedra removida e corre a avisar os discípulos que o corpo de Jesus tinha sido roubado. Na segunda visita ao sepulcro, a descrição sugere que Maria Madalena regressa com os discípulos (em vez de outras mulheres) e aí depara-se com os anjos pela primeira vez e, além disso, é surpreendida por Jesus ainda no interior do sepulcro e não no caminho de volta a avisar os discípulos, visto que estes já tinham ido lá com ela e já tinham entretanto ido embora, deixando-la lá sozinha a “meditar”.
    Os apologistas bíblicos tentam-se desculpar dizendo que os relatos dos Evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) dizem respeito ao que João descreve como a segunda visita ao sepulcro. Isto não faz qualquer sentido, visto que Marcos indica claramente que as mulheres se questionavam entre si como iam remover a pedra do sepulcro, o que por si só mostra que ainda não tinham descoberto o sepulcro aberto, logo essa era a primeira visita que faziam ao mesmo.

    Em resumo… falta de provas, mas uma data de incoerências e contradições

    O que podemos concluir pela leitura deste e dos últimos artigos é que realmente a História na Bíblia é duvidosa ao longo de quase todo o seu relato. Nela encontramos relatos históricos onde até hoje a Arqueologia não descobriu uma única prova da sua ocorrência, para além de incoerências em acontecimentos que a História prova sem sombra de dúvida jamais terem ocorrido ou de terem ocorrido em altura diferente do supostamente relatado, e ainda para além de um grande número de contradições que só enriquecem ainda mais a sua natureza duvidosa e incoerente.
    Muito mais se poderia dizer acerca de tudo isto, mas futuros artigos sobre outras questões continuarão a mostrar mais incoerências bíblicas, coisa que, infelizmente para os seus apologistas, está longe de faltar. Mas ainda falta um artigo para fechar definitivamente os erros científicos na Bíblia que temos vindo a acompanhar desde há uns meses…

    Brevemente…

    Chegaremos finalmente ao fim desta longa série no próximo artigo. Depois de vários artigos sobre os erros da Bíblia à luz de diversos ramos da Ciência e da História, o último artigo da série será sobre erros matemáticos na Bíblia. Até lá!

    Comentários

    1. Eu recomendo a todos os céticos que leiam o magistral de livro do Dr.Norman Gesler ''Manual de dúvidas, enigmas e contradições da Bíblia''. Nesse livro esse grande erudito especializado em grego,cultura judaica e história antiga prova de forma minuciosa que não existe ''contradições'' na Bíblia, mais sim completa falta de preparo dos seus leitores...

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    2. Eu recomendo a todos os céticos que leiam o magistral livro do Dr. Norman Gesler''Manual de dúvidas, enigmas e contradições da Bíblia''. Nesse livro esse grande erudito especializado em grego, cultura judaica e história antiga prova de forma minuciosa que não existe''contradições na Bíblia, mais sim completa falta de preparo dos seus leitores...

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    3. ´Vc é tão ignorante que não percebe que se 4 pessoas vão relatar um caso acontecido, jamais serão contados da mesma forma. um vai se lembrar que tinha 8 pessoas no local, outro vai se recordar apenas de 4, outro pode dizer o nome de algumas pessoas e o outro apenas o nome de uma pessoa. então quem é tu, pobre mortal, que desafia a veracidade de um livro que é o mais antigo da humanidade, o mais lido em todo mundo. Não existe contradição nos 66 livros, de Gênesis a Apocalipse. Foram escritos por mais de 40 autores em mais de 1600 anos, vc ainda quer contestá-la? Primeiro leia toda a bíblia, (Duvido que você já tenha lido) para depois vir postar besteiras sem fundamento, apenas que você acha, e Vai cuidar da tua vidinha medíocre, diante da poderosa Palavra de Deus escrita. Que tem o poder de mudar e já mudou milhões e milhões de vidas de pessoas miseráveis em homens de bem, responsáveis e bem sucedidos principalmente espiritualmente. depois materialmente. Reflita e vê se você não está fazendo o papel de um motorista dirigindo na contra mão de uma autoestrada, e pensando que todo mundo está errado, só você certo!

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    4. Você é um fanático religioso incapaz de ver a verdade!!! A bíblia é o livro mais contraditório da história, não respaldo da história. É um livro que copia muitas fantasia da Grécia Antiga. Apocalipse fala de dragões de várias cabeças isso é coisa de desenho animado. Vocês crentes não consegue ter opinião própria são guiado igual bando de burros pelos os pastores.

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